quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

A dica de hoje, é a leitura do livro: "Educação Infantil pra que te quero?"

EDUCAÇÃO INFANTIL: Do livro "Educação Infantil pra que te quero?"



Atualmente, é muito comum que os filhos fiquem em pré-escolas durante o horário de trabalho dos pais. Algumas crianças, como já acompanhei, permanecem ali durante as 12 horas de funcionamento. O que a escola deve proporcionar nesse tempo? Segundo os autores, é dever da escola educar e cuidar, ou seja, desenvolver o cognitivo e a psicomotricidade, sem fazer desse ensino um processo mecânico, sem afetividade, sem um olhar atento. Educar cuidando e cuidar educando. A escola não é aquele espaço onde a criança apenas aguarda o retorno os pais — ela deve visar o desenvolvimento global do aluno. Sendo assim, é necessário compreender cada estágio de desenvolvimento das crianças, traçar objetivos e auxiliar para que cada um alcance o seu, ao seu tempo. Cuidar é ter a sensibilidade de olhar para cada dificuldade, para cada sintoma de febre, fome, e outras tantas coisas comuns do cotidiano escolar. Educar e Cuidar são atos que devem respeitar a individualidade do aluno, reconhecendo-o como sujeito de direitos, como prevê a Lei.

 REFLEXÕES SOBRE O CUIDAR NA EDUCAÇÃO INFANTIL O "cuidar" na Educação Infantil Relativas ao cotidiano escolar, a adaptação ao novo ambiente, relacionamento escola/pais, alimentação, uso de chupetas, choro, a tirada das fraldas, fazem parte do cuidar, do estar com olhar atento. Precisamos, enquanto responsáveis pelos pequenos, lembrar que cada um tem o seu ritmo de desenvolvimento, e que serão diferentes reações para as mesmas situações, caso contrário, podem resultar em experiências negativas que são desnecessárias, não é mesmo? O professor que trabalha com essa faixa etária precisa conhecer e estar atento as fases do desenvolvimento, pois as crianças crescem e evoluem muito rápido. São os 7 anos da vida em que mais desenvolvemos. Por isso faz-se necessária a compreensão dos estágios de desenvolvimento segundo Piaget, Vygotsky e Wallon. Estejamos preparados para ser responsáveis por crianças, no caso de doenças e acidentes comuns nessa faixa etária. Nesses momentos, o conhecimento a piori torna-se fundamental, principalmente com relação a prevenção. Ainda, ter claro conceitos de ambiente, higiene, sono e uso de medicações (o livro contém até um calendário de vacinas!). Temos uma bagagem cultural que nos diz, inconscientemente, que menino age de uma maneira e que meninas agem de outra, que boneca é brinquedo de menina e carrinhos, de meninos. Muitos professores não se dão conta quando chamam atenção das crianças por seus comportamentos, que são naturais e espontâneos, já rotulando e descarregando uma série de pré-conceitos culturais nos nossos pequenos. Meninos que brincam com bonecas podem ser grandes pais no futuro, ao invés de homossexuais, como alguns julgam. Vamos deixar nossas crianças livres desse tipo de pensamento e livres também para poderem fazer as suas escolhas.

 O "educar" na Educação Infantil : O livro traz uma série de dicas de atividades para organizar melhor o tempo e o espaço na educação infantil. Conforme cada faixa etária, as atividades são diferentes e o tempo em detrimento das mesmas também, e isso é sempre interessante analisar antes — por isso o planejamento. Quanto menor a criança, menor o tempo em atividades dirigidas e maior deve ser o tempo destinado ao brincar. Sobre a organização do espaço também ficam dicas de como melhor aproveitar o espaço externo e interno e as competências que podem ser desenvolvidas. Muitas vezes deixamos de nos questionar sobre o desenvolvimento da criança e na Páscoa, por exemplo, vamos presenteá-la com um livro (ou eleger um título para a hora do conto, na escola). Ótimo! Que criança não gosta de história? Porém, essa hora do conto pode ir por água abaixo se o livro escolhido não estiver de acordo com a faixa etária. Por isso, é necessária atenção. Vamos nos lembrar de acompanhar o processo de aquisição de conhecimentos, lembrar que as crianças não são um depósito que vamos despejando as informações. O desenvolvimento infantil requer calma e muito zelo. Vamos fazer do livro parte do dia a dia da criança! A hora do conto é o momento de formar os futuros leitores, e o ambiente desafiador do ponto de vista linguístico estimulará o interesse pela escrita. Achamos uma graça quando as crianças estão nos seus jogos espontâneos de faz-de-conta, imitando pais, professores, o apresentador da televisão, o personagem do desenho animado. Para elas, porém, além de ser prazeroso, é uma atitude séria. Através das brincadeiras e da imitação é que vão compreendendo o mundo em que vivem. Colocar o sapato da mãe é uma forma da menina se sentir integrante do mundo e aprender, se desenvolver. Através da brincadeira, o professor pode observar o que a criança carrega dentro de si, procurando descobrir quais são os desejos que ela representa enquanto brinca, e brincando, fazer as mediações, ajudando dessa forma na superação de si mesmo em busca do desenvolvimento. Compre o livro Educação Infantil, pra que te quero. Um capítulo que chamou muito a minha atenção foi sobre as práticas musicais. A falta de consciência quanto a nossa prática faz com que acabemos reproduzindo modelos que não estão de acordo com os objetivos que sonhamos alcançar. A simples repetição de ‘musiquinhas’ infantis, reproduzidas em datas comemorativas, não vai fazer com que a criança desenvolva aspectos da musicalidade. E música não é só cantar. É tocar, é pesquisar sons, é apreciar, é compor, por que não? É confeccionar instrumentos, é saber quem é o compositor. Dessa maneira, estamos contribuindo de fato em sua formação.

Rosana Gazola é formada em História e especialista em Música e Musicalidade. Dá aulas de Arte e História para Ensino Fundamental I e II em escolas de rede privada.

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Na Educação Física a avaliação é a chance de verificar se o aluno aprendeu a conhecer o próprio corpo e a valorizar a atividade física como fator de qualidade de vida. Portanto, nada de considerar apenas a frequência às aulas, o uniforme ou a participação em jogos e competições, evitando comparar os que têm aptidão de campeão com os que não têm. Não há uma única fórmula pronta para avaliar, mas é essencial detectar as dificuldades e os progressos dos alunos. O mais indicado é não utilizar um só padrão para todos, mas fazer um diagnóstico inicial para poder acompanhar o desenvolvimento de cada um.

Como sugestão, estou disponibilizando as Avaliações Diagnósticas de Educação Física do 1º , 2º e 3º ano do Ensino Médio, adaptada da SRE de Ituiutaba e do Simulado (ENEM) do Professor Wilton Pinto. Estão voltadas para as habilidades do CBC.

Links para Download das Avaliações:

1º Ano E.M

2º Ano E.M

3º Ano E.M




quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Educação Física Adaptada

‘Não há educação sem amor. O amor implica luta contra o egoísmo. Quem não é capaz de amar os seres inacabados não pode educar. Não há educação imposta, como não há amor imposto.’
[Paulo Freire]

Em meio a esse conturbado âmbito de discussão e, em especial na área da educação especial, surge a discussão do processo de inclusão de indivíduos portadores de necessidades especiais nas aulas regulares das escolas. Essa proposta faz parte de um conjunto de medidas que têm sido tomadas por parte de estabelecimentos de ensino, sobretudo, da rede pública para ir ao encontro da nova LDB. Com  intuído de nortear o trabalho do Professor de Educação Física nas escolas, segue abaixo ferramentas pedagógicas deste trabalho desafiador. Contudo, cabe destacar também que, a possibilidade de troca entre diferentes áreas somente acontece quando os diferentes profissionais têm algo a oferecer ao grupo. Nesse sentido, urgem para a área da educação física, conquistas no plano conceitual, no entendimento mais aprofundado de cada deficiência e do ser humano de modo geral, bem como, o estabelecimento de uma própria identidade para a sua área de intervenção. Em outras palavras, a superação desses desafios dependem fundamentalmente de uma atitude interdisciplinar.
Matéria disponível em:  http://www.efdeportes.com/efd98/inclusao.htm




Clique aqui para visualizar e baixar o vídeo em formato slide 

segunda-feira, 11 de março de 2013

Baependi em Destaque (Beatificação+JEMG)


É com muito orgulho que o povo baependiano receberá no mês de maio dois grandes eventos para a cidade. A primeira data e compromisso, será o da Beatificação de Nhá Chica, no dia 04 de maio de 2013 à partir das 15:00 horas. Com muita expectativa e entusiasmo, que Baependi organizará essa grande festa, pois há muito era esperado tal reconhecimento, para essa mulher de fé e bondade que é considerada um dos ícones da cidade, sendo o maior com toda certeza. São esperadas mais de milhares de pessoas para testemunhar essa consagração e eterno marco festivo para o calendário local. Santa Nhá Chica, como é carinhosamente chamada, estará merecidamente sendo reconhecida pela Igreja, por seus milagres incontestáveis, pois pode-se averiguar, que cada baependiano tem alguém na família ou conhece pessoa que já foi agraciado por ela, em algum momento de desespero e dificuldade, sua interseção divina foi sentida até mesmo por um dos maiores escritores do mundo, nada menos que Paulo Coelho, que após desistir de seguir a carreira de escritor, esteve na cidade de Baependi, particularmente no santuário de Nhá Chica, pedindo, fazendo promessa, de que se conseguisse escrever, atingindo seus anseios profissionais de escritor, voltaria á cidade, no santuário para cumprir sua promessa. O restante do testemunho não precisamos contar, basta saber quem é Paulo Coelho. 
Será um evento inesquecível para a cidade de Baependi, e por que não, para o Estado de  Minas Gerais e o Brasil, um reconhecimento muito bem vindo para a nação com maior número de católicos do mundo. 
Parabéns Nhá Chica, Baependi, as pessoas de fé e todos que colaboraram para que esse momento tão maravilhoso chegasse. 

O segundo compromisso da cidade está marcado para os dias 17 à 21 de maio de 2013, que será sede microrregional do JEMG (Jogos Escolares de Minas Gerais), um grande evento esportivo escolar, que é um marco da inclusão esportiva-social no mundo da Educação, sem a menor sombra de dúvida, esse evento incentiva e revela atletas juvenis. Muitas vezes vemos na mídia reclamações, protestos, enfatizando a falta de incentivo no esporte brasileiro, por parte da iniciativa pública, porém o que podemos observar é o JEMG como um grande passo do governo de Minas Gerais, para incentivar, incluir socialmente, os jovens estudantes. Esse modelo é de suma importância, no sentido de conceder oportunidade de desenvolvimento esportivo, relevando atletas, apontando o caminho do esporte, como alternativa para se alcançar uma vida saudável, longe das drogas, da marginalidade, bem como, perspectiva de sucesso profissional e elevação econômica. Será muito importante para a cidade de Baependi participar da etapa microrregional, dessa grande celebração do esporte escolar, temos certeza que fará um papel digno ante a responsabilidade concedida, correspondendo, como sempre, à altura das expectativas inerentes aos eventos esportivos que a cidade sedia. Podemos destacar que a reunião com a Secretaria de Esportes e Educação de Baependi foi extremamente produtiva, firmando o compromisso da cidade com as exigências estruturais e esportivas que o evento necessita.

Congratulações à Baependi, esperamos ansiosos pelo mês de maio, pela grande festa religiosa com a Beatificação de Nhá Chica e Esportiva com a etapa JEMG.





Novo Desafio (Ensino Médio)

Agora com as novas diretrizes das SREs, referentes ao Ensino Médio, já há preocupação à respeito de como atender essas exigências de planejamento. Pensando nisso selecionei uns links para ajudar no planejamento e condução das aulas teóricas de Educação Física no Ensino Médio:


Para as aulas práticas, podemos conferir os seguintes links:

Fontes: http://crv.educacao.mg.gov.br
 http://www.educacaofisica.seed.pr.gov.br


Essas orientações e dicas ajudarão muito, no planejamento e execução, tanto das aulas práticas quanto das teóricas.




terça-feira, 5 de março de 2013

Combate ao Sedentarismo, Um Desafio Educacional

Com as facilidades oferecidas atualmente em nosso século, como locomoção, vida profissional cada vez mais focada em uma cadeira, tela do computador e teclado, como se não bastasse, a nova ordem profissional que evita atividade física, melhor, que não a estimula ou a emprega, ainda temos os problemas das horas sentados em posições completamente erradas. Afetando assim a coluna, gerando dores de cabeça, nas costas, no ciático etc... Mas além disso tudo, temos um problema contemporâneo seríssimo, que é o do sobre-peso, principalmente o infantil. Sendo assim o desafio atualmente é saber conciliar essas facilidades, características dos ambientes profissionais, tecnologias, com a atividade física, sair do sedentarismo, ensinar as gerações futuras que tecnologia, vídeo-game, são bons, mas o esporte é melhor e muito necessário. 
Quando a velocidade na comunicação toma conta do nosso tempo, da nossa vida, a grande questão é como destinar algumas horas por dia para exercitar, fazer alguma atividade física, ou pelo menos uma hora no dia para por o corpo em movimento. Colocamos o cérebro para funcionar ao extremo e nos esquecemos que o corpo é o que faz tudo funcionar, exercitar-se não é somente um caso de saúde física, mas também relaxamento mental, combate ao estresse, a depressão, principalmente com a liberação de serotonina, substância responsável pelas sensações de bem estar.
O problema mais grave na esfera do sedentarismo, é o infantil, pois os pais, responsáveis pela vida, educação, da criança e do adolescente, tem o dever de orientá-los e prezar por sua saúde. Além da omissão, é também uma covardia, deixar que uma criança atinja o estágio do sobre-peso pelo sedentarismo, uma vez que, esse impúbere não tem condição de avaliar o que é melhor para sua vida, tendo sérios problemas futuros de auto-estima, saúde, locomoção, ambiental entre outros. Levando à um estado de depressão psicológica e  fisiológica.
Portanto devemos atualmente, nos preocupar seriamente com o problema do sedentarismo, principalmente porque praticamente tudo que fazemos, em nossa vida hoje, depende de pouco movimento físico e uma queima de calorias demasiadamente baixa, em comparação ao acesso à alimentos extremamente calóricos, baseados em gorduras hidrogenadas e as chamadas ´´trans``. Onde essa combinação de pouca atividade associada à uma alimentação pobre, do ponto de vista nutritivamente correto, torna a vida saudável um desafio grandioso para a civilização contemporânea e um encargo gigantesco para os governos, pois uma população doente, exacerba o erário público, gerando um ônus orçamentário com saúde, muito maior do que seria aquele para fixar políticas de prevenção ao sedentarismo e suas consequências, lembrando sempre o velho ditado de que ´´mais vale prevenir que remediar`` inclusive tratando-se de gestão econômica.  Por isso devemos valorizar sempre, o estímulo da atividade física nas escolas fundamentais, o profissional de educação física, pois educando essas novas gerações, teremos adultos saudáveis, com baixo índice de depressão, que hoje é um mal muito presente na população, crianças com auto-estima, felizes, certo que não há um bem maior para uma nação que suas crianças e jovens. 
E a grade de Educação Física nas escolas, com profissionais capacitados, competentes, contribui além do que somente na visão restritiva do desenvolvimento esportivo, mas com certeza gerando uma população saudável, acostumada a praticar atividade, distante do sedentarismo, com menores índices de depressão psicológica  e desonerando, claro, os governos em seus orçamentos para verbas voltadas à saúde. Profissionais capacitados nas escolas significa saúde com baixo custo, prevenção ao invés de remédio.
Nesse sentido tratamos uma matéria, no link abaixo, com especial atenção, pois orienta passos interessantes para condução de atividades físicas no combate ao sedentarismo em ambientes escolares.

sexta-feira, 1 de março de 2013

Remediando o Analfabetismo Avançado (6º ao 9º ano)

Hoje com a grande necessidade em apresentar estatísticas da educação, muitas escolas acabam atropelando  um conceito primário, que é verdadeiramente preparar os alunos e alfabetizá-los com excelência,  dando-lhes condições básicas para prosseguirem na vida estudantil e ingressarem na academia, sedimentados em uma ótima formação preliminar, para que possam escolher corretamente suas profissões, vocações, desempenhando-as com satisfação e conhecimento. Esse conceito preparatório facilita tais escolhas na vida, proporcionando maior compreensão dos diversos ramos das ciências, humanas, sociais, exatas, biológicas e as relações profissionais associadas. Portanto essa formação básica é fundamental no prosseguimento natural das atividades profissionais e acadêmicas, bem como as inerentes escolhas futuras de cada aluno.
A matéria, sob título de ´´Analfabetismo do 6º ao 9º ano. Como resolver?``, da colunista Fernanda Salla corrobora no entendimento dessas ideias e entra no foco do problema de analfabetismo nessas turmas.

´´Muitos estão na escola há anos, mas não têm autonomia suficiente para elaborar ou apreciar um texto. Na Prova Brasil de 2009, 68,4% dos alunos do 6º ano não alcançaram a pontuação considerada mínima em Língua Portuguesa pela organização não governamental (ONG) Todos pela Educação, que é de 200 pontos. Quer dizer, elas não têm capacidades plenas de compreender, interpretar, criticar e produzir conhecimento. Ou seja, podem ser consideradas analfabetas. 

Esse grave problema, embora tenha raízes nos anos iniciais de escolaridade, precisa receber atenção assim que diagnosticado, seja lá qual for a idade do estudante e o ano em que está matriculado. O adolescente não pode se tornar o centro de uma situação em que ninguém se responsabiliza pela questão ou, pior ainda, em que o professor de Língua Portuguesa é apontado como o culpado por ela. 

Não saber ler e escrever implica em consequências para o estudo de todas as disciplinas. "Sem compreender textos e enunciados, o aluno vai ficando cada vez mais para trás em relação ao grupo", explica a educadora Maria Inês Pestana, ex- diretora de Estatísticas Educacionais e de Avaliação da Educação Básica do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). O resultado é uma pessoa excluída do processo de aprendizagem. 

Foi o que ocorreu com Leonardo dos Santos, Aline Gomes e Maria Vitória Brandão, cujos casos ilustram esta reportagem. Eles perderam um tempo imenso até encontrarem professores de Língua Portuguesa que diagnosticaram a situação de analfabetismo e enfrentaram o problema até solucioná-lo. 

Identificar a falta de familiaridade de alguns estudantes com a leitura e a escrita requer muita atenção e sensibilidade dos educadores. Há jovens que se recusam a ler em voz alta e não compõem textos por conta própria, escrevendo somente palavras decoradas. Outros só copiam o que está no quadro ou no caderno do colega, sem saber realmente o que estão fazendo - são os copistas. Existem ainda os que se comportam de modo indisciplinado ou apático. Tudo para camuflar o problema, já que se sentem envergonhados. "Culpar o estudante ou tachá-lo de incompetente é inadmissível. Dessa forma, ele vai cumprir a profecia do fracasso. Cabe ao educador enxergá-lo como alguém capaz de aprender, além de diagnosticar o que ele sabe, para usar isso a favor do que precisa ser conquistado", explica Maria Inês. 

O processo de alfabetização de adolescentes deve condizer com a etapa de desenvolvimento psicogenético deles e levar em conta o meio sociocultural em que se encontram. Atividades permanentes de leitura e de reflexão sobre a escrita, com material adequado à faixa etária e foco no combate às principais dificuldades, são a chave do ensino. No entanto, o desafio é formar usuários competentes da língua, de acordo com Delia Lerner no livro Ler e Escrever na Escola: O Real, o Possível e o Necessário (Ed. Artmed, 128 págs., tel. 0800-703-3444, 42 reais). Afinal, só decifrar o sistema de escrita é pouco para quem tem muita vontade (e direito!) de aprender.``